2025: UM MARCO HISTÓRICO NA TRAJETÓRIA DO CENTRO DE DIREITOS HUMANOS PE. JOSIMO
O ano de 2025 representou um marco político, institucional e histórico para o Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo (CPCDDHPJ), que celebrou 30 anos de existência jurídica e política reafirmando sua relevância na defesa dos direitos humanos no Maranhão e na Região Tocantina.
Mais do que uma data comemorativa, 2025 foi um ano de resposta ativa às múltiplas crises do nosso tempo — social, ambiental, democrática e civilizatória. O Centro atuou com firmeza, coerência política e capacidade de articulação, conectando sua trajetória histórica às agendas contemporâneas dos direitos humanos.
DEFESA DA DEMOCRACIA E INCIDÊNCIA POLÍTICA
Ao longo do ano, o CPCDDHPJ manteve posicionamento público firme em defesa da democracia, da memória histórica e do enfrentamento ao autoritarismo, denunciando retrocessos, fortalecendo a participação popular e ocupando espaços institucionais estratégicos, como conselhos, audiências públicas, tribunas populares e conferências.
Essa atuação reafirmou o papel da sociedade civil organizada como pilar fundamental da democracia e da garantia de direitos.
DIREITOS DAS MULHERES E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO
O fortalecimento da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres foi um dos eixos centrais de 2025. O Centro articulou movimentos feministas, universidades, serviços públicos e o sistema de justiça, investindo em formação continuada, incidência política e qualificação da resposta institucional.
Destaque para o Curso de Extensão em parceria com a UFMA, a atuação nos conselhos e a defesa de serviços especializados, como o funcionamento 24h da Delegacia da Mulher. As ações reafirmaram que enfrentar a violência de gênero exige políticas públicas integradas, permanentes e territorializadas.
JUSTIÇA CLIMÁTICA, TERRITÓRIO E ECOFEMINISMO
A agenda da justiça climática ocupou lugar central na atuação do Centro em 2025, especialmente por meio do projeto Na Piracema das Mudanças Climáticas e das ações de incidência rumo à COP 30.
O CPCDDHPJ consolidou uma abordagem que articula direitos humanos, justiça ambiental, ecofeminismo e protagonismo comunitário, demonstrando que os impactos da crise climática são desiguais e atingem de forma mais intensa mulheres, populações negras, povos indígenas, comunidades tradicionais e moradores de ocupações urbanas.
DEFESA DOS TERRITÓRIOS, DO CAMPO E DA CIDADE
O Centro atuou de forma consistente na denúncia da violência fundiária, da criminalização dos movimentos sociais, do uso indiscriminado de agrotóxicos e das ameaças ao direito à terra e à moradia. A defesa da COECV, das comunidades camponesas, indígenas e urbanas reafirmou o compromisso histórico do CPCDDHPJ com a vida, os territórios e a justiça social.
NOVAS FRONTEIRAS DOS DIREITOS HUMANOS
Em 2025, o Centro ampliou sua atuação em temas emergentes, como:
Direitos digitais e proteção de dados pessoais, com destaque para a Ação Civil Pública contra a Worldcoin;
Direito à alimentação e denúncia do desperdício de alimentos;
Direito à saúde mental e fortalecimento do SUS;
Direitos dos catadores e da economia popular;
Justiça fiscal e direito à renda.
Essa ampliação reforça a compreensão de que os direitos humanos são dinâmicos, indivisíveis e em permanente construção.
METODOLOGIA, IMPACTOS E APRENDIZADOS
A atuação do CPCDDHPJ em 2025 foi sustentada por:
Comunicação institucional e popular como ferramenta política;
Formação em direitos humanos;
Articulação em redes locais, regionais e nacionais;
Incidência jurídica e institucional;
Protagonismo comunitário e territorialização das ações.
Entre os principais impactos, destaca-se o fortalecimento das redes sociais, a ampliação do acesso à informação, a incidência concreta em políticas públicas e a consolidação do Centro como referência regional em direitos humanos e justiça climática.
OLHANDO PARA O FUTURO
Ao encerrar 2025, o Centro de Direitos Humanos Pe. Josimo projeta um novo ciclo de atuação marcado pela ampliação da justiça climática, do ecofeminismo, da proteção a defensoras e defensores de direitos humanos e da incidência política qualificada.
Celebrar 30 anos é, sobretudo, reafirmar um compromisso: seguir defendendo direitos, fortalecendo sujeitos coletivos e construindo, a partir dos territórios, caminhos de justiça social, ambiental e democrática.


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