Imperatriz-MA: 23 Mulheres Mortas em 5 Anos - Um olhar sobre os feminicídios e homicídios em Nossa Cidade
Imperatriz, como muitas cidades do Brasil, enfrenta a triste realidade do feminicídio. A cada ano, mulheres são assassinadas por seus parceiros ou ex-parceiros, um reflexo cruel da desigualdade de gênero que ainda persiste. Só em 2023, o Brasil teve 1.463 casos de feminicídio, o maior número desde que a lei foi criada em 2015.
Em Imperatriz, a situação é preoculpante: em apenas 5 anos, 10 mulheres foram vítimas de feminicídio. Além disso, 13 mulheres foram assassinadas em circunstâncias diversas, com um aumento preocupante em 2024.
Quem são essas vítimas?
Com base em dados de portais de notícias e instituições como o Tribunal de Justiça do Maranhão, construímos um panorama da violência contra a mulher em Imperatriz. A maioria das vítimas tinha entre 19 e 39 anos, no caso dos feminicídios o tipo de vínculo mais frequente com o agressor é "ex-marido", seguido por "companheiro" e "namorado", com a mesma frequência. As vítimas de homicídio são jovens, com histórico de uso abusivo e tráfico de drogas, e residem em áreas periféricas.
Onde estão os dados?
É fundamental destacar a falta de transparência na divulgação de dados sobre violência contra a mulher por parte da Secretaria de Segurança Pública. Essa ausência de informações impede que a sociedade compreenda a real dimensão do problema e cobre ações eficazes do poder público.
Quais as consequências da falta de dados?
Dificuldade em entender o problema: Sem dados confiáveis, fica impossível identificar áreas de risco, avaliar a efetividade das políticas públicas e compreender a fundo a violência contra a mulher.
Políticas públicas ineficazes: A falta de dados compromete o planejamento de ações de combate à violência, levando a medidas ineficazes e ao desperdício de recursos.
Invisibilidade da violência: A falta de registro reforça a cultura de silêncio e impunidade, fazendo com que a sociedade naturalize a violência e as vítimas se sintam desamparadas.
A Rede de Atendimento à Mulher também precisa de transparência.
Movimentos sociais de Imperatriz denunciam a falta de informações sobre os serviços da Rede de Atendimento à Mulher. Sem esses dados, não é possível avaliar a efetividade das políticas públicas e garantir a participação da sociedade na busca por soluções.
Precisamos de AÇÃO!
A divulgação regular e transparente dos dados sobre violência contra a mulher é um passo fundamental para romper o ciclo da violência. É uma questão de justiça, democracia e cidadania.
Listas com os nomes das vítimas, idades e relação com o agressor:
Feminicidios 2020
Homicídios de mulheres - 2020
Feminicidio 2021
Homicídios de mulheres - 2021
Feminicidio 2022
Homicídios de mulheres - 2022
Feminicidio 2023
Homicídios de mulheres - 2023
Feminicidio 2024
Homicídios de mulheres - 2024
Quantidade de feminicidios e homicidios de mulheres nos ano de 2020 a 2024.
Se você precisa de ajuda, procure os serviços da Rede de Atendimento à Mulher.
CASA DA MULHER MARANHENSE - Av. São Sebastião, Vila Nova.
Centro de Direitos Humanos Pe. Josimo - Rua João Lisbao 1205, entre Alagoas e Sergipe.
Janeiro de 2025
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