O Brasil, um mar de agrotóxicos: um alerta urgente


 

        

O Brasil, maior consumidor mundial de agrotóxicos, enfrenta uma grave crise socioambiental. O uso indiscriminado dessas substâncias contamina água, solo e alimentos, colocando em risco a saúde da população e os ecossistemas.

Os impactos são alarmantes:

  • Contaminação da água: Rios, lençóis freáticos e até a água potável de grandes cidades estão contaminados por agrotóxicos, incluindo substâncias proibidas em outros países.
  • Doenças e intoxicações: A exposição aos agrotóxicos está associada a diversos problemas de saúde, como câncer, malformações congênitas e doenças crônicas.
  • Degradação ambiental: A biodiversidade é afetada, solos são contaminados e a produção agroecológica é comprometida.
  • Resistência de pragas: O uso excessivo de agrotóxicos gera pragas resistentes, exigindo o uso de doses cada vez maiores e mais tóxicas.

O Maranhão não escapa da crise:

  • Comunidades quilombolas: Estudos revelam a contaminação da água por agrotóxicos em comunidades quilombolas, com substâncias proibidas em altas concentrações.
  • Pulverização aérea: A prática da pulverização aérea, comum em áreas de cultivo de soja e milho, expõe comunidades a agrotóxicos, causando intoxicações e problemas respiratórios.
  • Insegurança alimentar: A contaminação de roçados e plantações coloca em risco a segurança alimentar de famílias que dependem da agricultura para sua subsistência.

A luta pela mudança:

  • Lei de Iniciativa Popular: A Rede de Agroecologia do Maranhão (RAMA) propõe uma lei para proibir a pulverização aérea e implementar medidas de monitoramento e controle.
  • Agroecologia: A agroecologia é apresentada como alternativa sustentável ao agronegócio baseado em agrotóxicos, garantindo a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.
  • Mobilização social: É fundamental a mobilização da sociedade para exigir políticas públicas que priorizem a saúde humana e ambiental, e que restrinjam o uso de agrotóxicos.

O desafio é grande:

  • Liberação de novos agrotóxicos: O Brasil aprova milhares de novos agrotóxicos por ano, flexibilizando cada vez mais a legislação.
  • Falta de fiscalização: A fiscalização do uso de agrotóxicos é insuficiente, permitindo a prática de abusos e a contaminação de áreas sensíveis.

É urgente agir:

A situação exige uma mudança radical no modelo de produção agrícola. É preciso:

  • Proibir a pulverização aérea: Essa prática coloca em risco a saúde da população e o meio ambiente.
  • Fortalecer a agroecologia: Investir em práticas agrícolas sustentáveis que garantam a produção de alimentos saudáveis e a preservação dos recursos naturais.
  • Aumentar a fiscalização: Intensificar a fiscalização do uso de agrotóxicos e punir os responsáveis por contaminações.
  • Promover a educação ambiental: Informar a população sobre os riscos do uso de agrotóxicos e incentivar a adoção de práticas mais sustentáveis.
  • Mobilizar a sociedade: Exigir políticas públicas que priorizem a saúde humana e ambiental, e que restrinjam o uso de agrotóxicos.

A luta por um Brasil livre de agrotóxicos é uma luta por um futuro mais saudável e sustentável para todos.


Maranhão: Campanha exige fim da pulverização aérea e lei contra agrotóxicos


A Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama) lançou a campanha "Chega de Agrotóxicos" e propõe uma lei para banir a pulverização aérea no estado. A iniciativa, apresentada no V Encontro Maranhense de Agroecologia, busca conscientizar sobre os graves danos à saúde e ao meio ambiente causados pelos agrotóxicos.

 A pulverização aérea tem contaminado solos, rios e comunidades, colocando em risco a biodiversidade e a saúde da população. No Maranhão, o uso excessivo dessas substâncias é alarmante, com casos como o de Araçá (Buriti/MA), onde pesticidas causaram intoxicações graves, inclusive em crianças.

 A proposta de lei, elaborada com apoio da Fiocruz, prevê a proibição da pulverização aérea, além de mecanismos de monitoramento, punições para contaminações e a criação de zonas de segurança entre áreas de aplicação e comunidades. A campanha também denuncia a contaminação por agrotóxicos em territórios quilombolas e perdas agrícolas em Santa Rita (Peritoró/MA).

  O Centro de Direitos Humanos Pe.Josimo  junta-se a Rama e convida a população a aderir à campanha e assinar a proposta de lei para construir um Maranhão livre de agrotóxicos.

  A minuta da lei está disponível em:

  https://drive.google.com/file/d/1XHMrPHHpJnKVDC23eTwgoCoig0KhU57R/view?usp=sharing

 

Junte-se a nós nesta luta pela saúde, pela agroecologia e por um futuro mais sustentável!

#ChegadeAgrotóxicos #Agroecologia #Maranhão

 

Saiba mais:

       Site:https://www.rederama.org 

       Instagram: @rama_maranhao

       Facebook: https://www.facebook.com/rededeagroecologiadomaranhao

       Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCmsAVTT0XYxCAe8pnFHyUxg


Fontes:  Agência Pública, Brasil de Fato, Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, Fiocruz, ICL Notícias, Repórter Brasil, Rama. 


 

Comentários

Anônimo disse…
Tão necessário e urgente criar rede de denúncia e informação sobre o uso dos agrotóxicos estou fazendo um trampo nuns assentamentos da reforma agrária nos municípios de Bom Jesus das Selvas e Buriticupu fiquei impactada como a monocultura da soja e milho tá tomando de conta das terras dos assentamentos.
As pessoas das comunidades comentaram dos impactos que estão sofrendo na saúde por causa dos agrotóxicos que estão sendo pulverizados nos campos agrícolas que ficam próximos das vilas.

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