20ª MEDALHA 18 DE JANEIRO: MARIA DA LUZ ESTÁCIO



Maria da Luz Estácio, natural do município de Monção, no Maranhão, é uma agricultora e educadora popular cuja trajetória de vida se confunde com a luta pela terra, pela educação no campo e pela preservação ambiental. Sua história de vida é marcada pela militância no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que conheceu no acampamento Amazônia, na Vila Bom Jesus, município de Bom Jardim. A experiência no MST foi um marco em sua vida, despertando nela a consciência da força da organização social e a importância de lutar por uma educação transformadora no campo.

Entre 1997 e 2010, Maria da Luz participou ativamente de ocupações de terra na região, em uma longa jornada na busca pelo direito à terra. Paralelamente à luta pela terra, Maria da Luz teve papel fundamental na implementação de programas de alfabetização de jovens e adultos em assentamentos de reforma agrária, como o Brasil Alfabetizado, o Sim Eu Posso e o Pronera. Seu trabalho contribuiu para alfabetizar 90% dos jovens e adultos dos assentamentos nos municípios de Bom Jardim, Bom Jesus e Buriticupu.

A educação sempre foi uma prioridade para Maria da Luz. Como educadora popular, conquistou o acesso ao Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e participou da Marcha para Brasília, um momento crucial em sua trajetória. Graças a essa iniciativa, retomou os estudos, concluindo o ensino fundamental, o magistério e, posteriormente, o curso de Ciências da Natureza e Matemática pelo Procampo. Hoje, especialista em Educação do Campo, Maria da Luz dedica-se à construção de uma educação de qualidade para as comunidades rurais.

Desde 2012 Maria da Luz atua na Casa Familiar Rural de Bom Jesus das Selvas no Maranhão e sua luta se estende também à preservação ambiental. Ela participa ativamente do Comitê de Educação do Campo do Estado, do Conselho Mosaico Gurupi e do Conselho Consultivo Zé dos Santos da Reserva Gurupi, que atua pela preservação ambiental no Maranhão. Defende o reflorestamento e a manutenção da Amazônia em pé, plantando não apenas árvores, mas também esperança e consciência.


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