NOTA DO CENTRO DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA E DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS PADRE JOSIMO
EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DO PODER POPULAR
O
dia 24 de janeiro de 2018 é um dia simbólico para a luta por uma democracia radical em nosso país, a continuação do golpe político-jurídico e
institucionalizado, coordenado pelas forças conservadoras, é o processo de
condenação política (sem provas) do ex-presidente Lula.
A democracia, no Brasil,
historicamente, nunca teve sólida! De tempos em tempos, vimos golpes, manobras
e reformas que colocam em xeque a normalização política do país, por isso, a necessidade
da Luta, da organização das trabalhadoras e trabalhadores, do campo e da cidade,
para garantir as conquistas e direitos sociais, que, atualmente, com o governo
golpista de Michel Temer, vêm sendo desmantelados dia após dia.
O golpe iniciado com término das
eleições de 2014 e cristalizado com o impeachment em 31 de agosto de 2016, organizado
pelo PMDB, DEM e judiciário, tirando do governo central a presidenta, Dilma
Rousseff, eleita democraticamente e pelo poder do voto popular, trouxe consigo
um tsunami conservador, de medidas e reformas contra a classe trabalhadora.
A condenação do ex-presidente
Lula, por ser uma condenação sem provas, é um ataque direto ao “Estado
Democrático de Direito” e aos programas sociais até então conquistados e, como
organização política e social, não podemos aceitar tal condenação, temos que resistir,
lutar e, mais importante, nos organizar para fazer frente aos conservadores
organizados em diferentes instâncias do nosso país.
No entanto, lutar contra a
condenação de Lula, não é concordar com sua forma de governar, pela conciliação
de classe, a continuidade do saque dos recursos públicos favorecendo o capital
financeiro, ajuste fiscal, a defesa da reforma da previdência, o pagamento dos
juros da dívida pública e o total apoio ao agronegócio e aos grandes
monopólios. A conciliação de classe como forma de governo mostrou, como a
história já havia mostrado, que não é, e nunca será a saída para a classe
trabalhadora, a qual, a construção do poder popular é o limiar de uma nova
sociabilidade que priorize e tenha os interesses das trabalhadoras e
trabalhadores, do campo e da cidade, como o grande norte das políticas
governamentais.
A atual conjuntura política nos
exige uma postura coerente, enquanto grupo organizado que defende e luta pelos
direitos humanos e por uma sociedade substancialmente justa. Ela exige a tomada
de partido, indo de encontro ao equívoco político e histórico do “tanto faz”, “que
pouco importa a condenação, ou não, do Lula”. Tal posicionamento é um erro!!!
Nosso momento não permite que
fiquemos aguardando o que o governo golpista e sua corja conservadora vão fazer
com o Brasil, é necessário a organização, a mobilização e luta nas fábricas, no
campo, nas escolas e universidades, nas ruas e defender que a saída para a
crise é a construção do poder popular e pela democracia.
FORA TEMER!!!
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